SOBRE A SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL COM EMPREGO DO MÉTODO GIWM PARA PREDIÇÃO DE DESGASTE POR DESLIZAMENTO EM ENSAIO PINO-DISCO DE MATERIAIS RODA-TRILHO FERROVIÁRIOS
Nome: JOÃO VÍTOR RAIMUNDO SILVA E SILVA
Data de publicação: 16/08/2023
Orientador:
Nome | Papel |
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CHERLIO SCANDIAN | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANTONIO CESAR BOZZI | Examinador Interno |
CHERLIO SCANDIAN | Presidente |
GUILHERME FABIANO MENDONCA DOS SANTOS | Coorientador |
ROBERTO MARTINS DE SOUZA | Examinador Externo |
Resumo: A tribologia abrange o estudo dos fenômenos relacionados ao atrito, desgaste e lubrificação de superfícies em contato e em movimento relativo. O desgaste por deslizamento é uma questão importante em diversos setores, como no caso do
contato entre roda e trilho em sistemas ferroviários, onde o deslizamento puro pode ocorrer durante curvas. Ensaios laboratoriais de pino-disco são amplamente utilizados para investigar esse tipo de desgaste, mas apresentam limitações em termos de tempo e custo. Simulações computacionais utilizando o Método dos Elementos Finitos (MEF) têm sido estudadas como uma alternativa para evitar a necessidade desses ensaios, porém enfrentam desafios em relação ao alto custo computacional e tempo de simulação. Neste contexto, o presente estudo avalia a precisão e a velocidade do método computacional semi-analítico GIWM (Global Incremental Wear Model) em prever o desgaste em ensaios pino-disco em materiais de roda-trilho sob diferentes condições ambientais e de lubrificação encontradas em ferrovias. Dados experimentais com carga normal de 5 N e 300 N, foram utilizados para calibrar o modelo computacional em relação à profundidade e taxa de desgaste, respectivamente. A partir desta calibração, foi determinado, computacionalmente, um coeficiente de desgaste dimensional (m³/N.m) para cada situação, que foi empregado para predizer tanto a profundidade total quanto a taxa de desgaste destes tribossistemas. Os resultados dessa predição foram comparados com os resultados experimentais. Observou-se que o método GIWM apresentou boa concordância com parte dos experimentos. Além disso, o algoritmo mostrou-se computacionalmente eficiente, com tempo de simulação desprezível em relação aos experimentos e simulações MEF relatadas na literatura. Concluiu-se, portanto, que o método GIWM
pode reduzir a necessidade de realizar ensaios de pino-disco com variação na carga normal aplicada para materiais do sistema roda-trilho, desde que as condições experimentais não causem variações severas nos mecanismos de desgaste predominantes, na força de atrito e na intensidade de desgaste ao longo do ensaio.